segunda-feira, 26 de abril de 2010

História da Maquiagem

De acordo com THIVES³ (2007), O Rio Nilo, no Egito, é que vamos encontrar os primeiros testemunhos do uso de cosméticos, pois o rio fornecia uma variedade de elementos como flores e cascas de arvores para a fabricação dos cosméticos.

A maquilagem dos olhos, era o principal foco, era uma estratégia para embelezar, rejuvenescer aqueles que faziam o uso dela.

Cleópatra representou bem o ideal de beleza daqueles tempos, recorria à maquiagem para qualquer dever, sejam eles encontros políticos, viagens ou até mesmo em casa.

Na Idade Média, os homens e as mulheres já não usavam os ornamentos na cabeça como no período anterior, e uma transformação no estilo da maquiagem ocorreu, devido ao rosto já não ficava tão exposto, que passou a ser utilizada para disfarçar as marcas deixadas por doenças, como a varíola. O cosmético era feito de farinha de trigo, talco e giz, o que obrigava as mulheres a usarem máscaras para que a maquilagem não rachasse.

Na Idade Moderna, século XVIII, com a Revolução Francesa veio um recuo dos cosméticos em razão do período de batalhas. A partir do século XX teve início a produção industrial para fins de comercialização de cosméticos, surgindo então grandes

marcas que até hoje se destacam no mercado mundial, tais como Helena Rubistein.

Nesse mesmo período surgia a americana Avon - empresa multinacional de cosméticos, dirigida por um ex-vendedor de livros que viu no comércio de perfumes um negócio mais lucrativo.

Segundo MOLINOS (2000). Só há uma maneira de olhar o passado: voltando a “parabólica”, para o mundo, ouvindo os sons, vasculhando cheiros e emoções na memória pessoal e coletiva. Captando dos mais diversos sinais, como saber por que as mulheres usavam batons tão delineados na década de 40, sem levar em conta que os EUA entraram na guerra, que a Max factor andava de mãos dadas com o cinema, que Walt Disney e a Coca Cola desembarcaram por aqui enquanto Carmem Miranda foi estrelar em Hollywood? Não há como falar do passado da maquiagem na cadeira do especialista. É preciso resgatar as promessas de uma época, as fantasias, assim como as desilusões e os fatos sendo um espectador aberto às informações que vem de todos os lados. Foi com esse espírito que produz o estilo de maquiagem.

Em 1900, as mulheres eram praticamente proibidas de usar maquiagem, pois não era de bom tom para donzelas e senhoras casadas, diferente de hoje, onde os produtos de maquiagem estão cada vez mais bem elaborados, com hidrantes, bloqueadores solares e efeito bronzeador. A cada tendência uma cor é mais utilizada para os lábios e pálpebras, o blushe voltou para a nova geração que pretende aparentar um rosto saudável, fino e elegante.

Na contemporaneidade, segundo o pesquisador João Braga: “As exigências do mundo contemporâneo pela busca frenética do novo, ou pelo menos da novidade, são tão significativas que tornam o processo elíptico de criação-apogeu-decadência ainda mais rápido, sendo também muito bem explorado, divulgado e massificado pelos meios de comunicação que nos trazem tudo com muita rapidez”. (BRAGA, 2005).

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³ THIVES, Fabiana. Profissional da moda, especialista em marketing, maquiadora profissional e professora de Cosmetologia na Universidade do Vale do Itajaí.

MOLINOS, Duda. Maquiagem. 4.ed. Sao Paulo: SENAC, 2000.

BRAGA, João. Reflexões sobre a moda. 2. Ed.Anhembi Morumbi. 2005.

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